terça-feira, 30 de agosto de 2011
all in your heart
five days I waited for you
come on and pray with me, darling
I don't believe this nightmare is true
you can't be dead, not for me
take my hand and whisper in my ear
please tell me that everything is okay
tell me everything I want to hear
I just want the old times back
I just want you standing next me
please take this eyes of mine
you made me sad, now I can't see
I just wanted to hold you once again
and tell you that everything would be fine
but now you're gone, I'm so confused
the hate, the love and their thin line
I miss you, I miss your smile
that smile, shiny and smart
but we're gone, we're dead and buried
and the good times are all in your heart
sanguínea linha faz os horizontes
onde estão os olhos de minha amada tão bela?
espatifados e pintados em tão nobre aquarela
lábios de primavera em primas faces de seda
mãos brancas e mirradas espalhadas pela alameda
os anjos pairavam e bradavam hinos ao céu
enquanto tua alma viajava rodando num carrossel
sete horas e sete dias e teu sorriso novamente
que deus perdoe a alma desta criatura nobre e descrente
o paraíso é aqui, o inferno é um eterno pranto
pai, ó pai, por que demoraste tanto?
o fogo me consome e minh'alma padece
a sombra de um assassino e o fogo se fortalece
condenado ao sofrer deleitoso, condenado à ser eterno
condenado por condenar, queimando eternamente no inferno
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Vocês não sabem com o que estão mexendo.
_____________
1:27, 6 de Julho, 2027.
“Eu não acredito que eles finalmente conseguiram. Nada mais resta. Eles foram avisados, mas continuaram a violar os limites da ciência. O som. Eu não aguento mais o som. E a luz, meu Deus! O Universo está lentamente se torcendo ao nosso redor. Eu não vou esperar pela morte. Eu tenho uma pistola no sótão.”
Um som agudo e estridente ecoava por todos os lugares. Não parecia vir de uma fonte, parecia estar dentro da cabeça de cada pessoa viva naquele cenário pós-apocalíptico. O que restava dos vidros das janelas estilhaçadas lentamente se desprendia, fazendo barulhos estridentes ao cair. Algumas pessoas mais frágeis jogavam-se ao chão, contorcendo-se com as mãos nos ouvidos, tentando evitar aquele som infernal de alta freqüência. O Vórtex aberto no céu, uma enorme ferida no firmamento anunciava o fim de uma era no Planeta Terra. O barulho foi ficando cada vez mais agudo, mais intenso, mais insuportável. O rasgo entre as nuvens começava a tragar lentamente a noção de tempo e espaço, transformando tudo num borrão denso. Agora até os mais resistentes começavam a sofrer, morrendo em lenta agonia, torturados pelo som e pela visão macabra daquela distorção temporal. Em um momento, haviam pessoas agonizantes, prédios destruídos, ruas cheias de escombros e um planeta devastado pela evolução. No outro segundo já não havia mais nada.
Só o vácuo.
13:41, 29 de Junho, 2027.
“E hoje, graças à um esforço de pesquisa de quinze anos, os cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, unindo esforços com profissionais e estudantes do mundo todo, finalmente conseguiram ultrapassar a fronteira final da Ciência: eles conseguiram driblar a barreira do tempo. O que era antes um mistério para a humanidade agora nada mais é que uma página finalmente virada. Os primeiros testes se realizarão daqui a algumas horas, e todo o progresso será exibido ao vivo. Os esforços para criar uma máquina que permite viagens pelo tempo, que tiveram início datado de 21 de Dezembro de 2012, vão ser finalmente colocados à prova nesse dia histórico. Grandes líderes mundiais estarão presentes no evento, que tem duração prevista de cerca de duas horas, tempo suficiente para mostrar os resultados de anos de pesquisa e desenvolvimento. Diretamente de Massachusetts, Adriana Stark para o Plantão Globo de Notícias.”
Eu estava lá fora quando meus filhos me chamaram na sala. Os garotos olhavam fascinados para a tela da televisão. Aquela era a maior descoberta de todos os tempos, o controle da dimensão temporal do universo. Os garotos debatiam animados as inimagináveis possibilidades, o leque de oportunidades que se abriria com a perspectiva do controle de algo tão complexo. Viagens ao passado, previsões do futuro, caminhar pelo espaço na velocidade da luz, era tão maravilhoso que todos acabavam se esquecendo do perigo em mexer com tal emaranhado complexo de alguma coisa que ainda não era possível entender. E era exatamente esse o problema, era isso que eu temia.
Sabíamos controlar, mas não conseguíamos entender. Podíamos fazer do tempo o nosso escravo, mas não sabíamos a que ponto isso chegaria.
E, pensando que estavam galgando a escadaria para o topo da tecnologia, a ciência não percebeu que apenas estava cavando a própria cova.
______
Por enquanto é isso, conforme eu for escrevendo eu vou postando aqui. Flw vlw ae.
segunda-feira, 14 de março de 2011
Dia de chuva
Um dia chuvoso e frio. Cinzento. Os dois, sentados no sofá, olhavam os grossos pingos de chuva caírem e baterem contra a janela. Abraçados, em silêncio, contemplavam a janela, observando o vento bater nas árvores. O barulho da água caindo contra o asfalto era relaxante. O Sol não aparecia por trás das nuvens, e a fonte de iluminação era a fraca luz trespassando o vidro e o fogo crepitando na lareira. Os únicos sons eram o fogo estalando, a chuva caindo e a música triste no rádio.
“I’m going through changes, I’m going through changes! ♫ ”
Os dois estavam bem próximos. Ele podia sentir o aroma perfumado dos cabelos dela, ela sentia o perfume masculino exalando do pescoço dele. Ele começou a passar os dedos pelos longos cabelos dela, e a embaraçar e desembaraçar as madeixas longas e macias. Ela fechou os olhos e sentiu-se no paraíso quando ele levantou levemente sua cabeça, afastou os cabelos do rosto dela e acariciou seu rosto. Ele abaixou a cabeça e beijou a bochecha dela, e sussurrou com voz grave:
“Sabia que eu te amo?”
Ela nada falou, apenas ergueu o rosto e retribuiu o beijo, e voltou a aninhar-se nos braços dele.
A chuva continuava a cair, o fogo continuava a crepitar. E o dia cinzento lá fora de repente havia se tornado perfeito.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Lutar!
Lutar por quem?
Acomodar-se e assistir
Cadê a coragem de outrem?
Não se envolva, não se arrisque
Seja um bom cidadão
Aceite tudo que te impõem
E nunca ouse dizer não.
Levante dessa cadeira agora
Lute pela sua liberdade
Lute pelo amor, pelo ódio
Pelo que simplesmente te der vontade
Um ser humano que fica quieto
Nunca saberá o sabor da vitória
Arrisque seu lindo comodismo
E marque seu nome na história.
Escreva teu nome com guerra
Nas páginas brancas da lembrança
Não importa o quão duro seja
Depois da tempestade vem a bonança
Ao invés de reclamar
Ou de se aquietar como uma ovelhinha astuta
Levante as armas, camarada
Reúna seus amigos e vá à luta!
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
1º Post!
Como meu querido amigo já comentou, partilhamos de um mesmo amor, o Imortal Tricolor! O Grêmio pra mim é muito mais que um time, muito mais que uma nação! Totalmente inexplicável!
E me orgulho de ser uma das poucas garotas que sabem falar de futebol, de um impedimento, de um pênalti...
Vamos começar então com o resumo da estreia na libertadores... Meu tricolor estreiou muito bem após ter vencido ontem o Oriente Petrolero por 3x0 em casa. Já o Santos ficou no 0x0 contra o Deportivo Táchira. Cruzeiro venceu por 5x0 e o Internacional, para a minha felicidade, empatou com o Emelec!
Mas mudando de campeonato... Mesmo depois da saída de Ronaldo e de Roberto Carlos, o Corinthians vence por 2x0 no campeonato paulista.
Enfim, acho que começamos com o pé direito o blog, e espero que gostem dos comentários!
Beijos torcedores!
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Irra \o/
Aí está o selo:
Então agradeço mais uma vez e aí vão minhas respostas.
Responder as perguntas:
Então, em breve indico os outros blogs, e os indicados põe o selo no blog e respondem às perguntas. Até o/
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Mais que tudo.
O prédio estava desabando. Do lado de fora, pessoas choravam. Do lado de dentro, duas pessoas. Uma garota e um garoto. Ex-namorados, haviam brigado e nunca mais se falaram.
Ela ainda o amava.
Sentaram bem juntos para se proteger do frio que se abatia no lugar. Se lembraram dos velhos tempos. Ela não iria ceder.
Ela ainda o amava.
A garota olhava pra ele, com seus frios olhos azuis, seus cabelos negros, suas orelhas cheias de piercings. Ele olhava para a garota, lábios cor de cereja, olhos verde-esmeralda e pele bronzeada, além de magníficos cabelos loiro-resplandescente.
Ela ainda o amava.
A garota resolveu agir. Iria dizer que o amava, que fora tudo um mal entendido, que eles deveriam permanecer juntos. Mas não, ela não iria se dar por vencida. Ele haveria de pedir desculpas.
Ela ainda o amava.
Ele parecia distante, frio. Pensativo, reflexivo. Não demonstrava amar a garota tanto assim.
Ela ainda o amava.
Ele a abraçou. Ela era arrogante, não iria ceder tão fácil. Tentou o empurrar pra longe, mas ele a deitou no chão e se jogou por cima dela.
A construção desabou. Abraçados, eles foram atingidos por entulho. Abraçados, eles se olharam. Abraçados, eles morreram.
Ela ainda o amava.
A garota acordou com a luz do dia ofuscando sua visão. Uma passagem à sua frente a guiava para a liberdade. E o garoto jazia morto. A abraçara pra impedir que os entulhos a atingissem.
Ele a amava mais que tudo.
Primavera.
Ela olhou tristemente para o retrato do rapaz. Olhos claros, cabelos loiros. Ombros largos e sorriso acanhado. Richard, Richard.
- Filho da puta, por que foi embora?!
E atirou o retrato do outro lado da sala. Arrependeu-se, era sua única lembrança do namorado morto na guerra. Morrera como um herói, salvando todos do seu batalhão. Morrera torturado, morrera para não contar onde eles estavam. Dera a vida por seus companheiros. Herói de guerra.
A cena mais triste da vida dela. O caixão do seu amado, do seu herói, do seu soldado sendo carregado por seus companheiros, todos de preto. Alguém segurando sua mão durante o enterro. Todos de luto. Mas todos vivos. Deus, não era justo que ele morresse, não era! Eles iam casar, ter filhos, uma casa e um cachorro. Iam lavar o carro juntos, tomar vinho em frente à lareira e fazer amor em uma noite perfeita de inverno. Inverno, essa era a palavra para definir o coração da pobre menina naquele momento. Frio, insensível, duro. Inverno. Inferno. Interno. Sofrimento disfarçado com grosseria. Apenas amor.
Meses se passaram. Ela não conseguia ver como iria amar novamente. Ela sofria todos os dias. Ele prometera um mundo de felicidade pra ela, ele seria um marido perfeito. E a abandonara. O inverno permanecia no seu coração.
Dias depois do que seria o 29° aniversário dele, alguém batia à porta. Era um dos que haviam estado na guerra com Richard, seu nome era Remy. Alto, forte, olhos castanhos e cabelos da mesma cor. Barba por fazer e um sorriso acanhado, o mesmo sorriso de Richard. Viera entregar os pertences dele.
Naquele momento toda fúria e ódio e sofrimento vieram à tona. Ela queria bater naquele homem, ele era culpado, ele matou seu namorado, ele fizera a guerra, não importava. E quanto mais ela batia nele, mais ela se sentia melhor. Seu peitoral forte agüentava bem as pancadas fracas da mulher chorosa e desamparada. Quando ela finalmente parou, Remy simplesmente a abraçou. Ela retribuiu o abraço, e ele falou:
- Eu te entendo. Ele era meu melhor amigo, nunca me deixou desistir. Ele lutou como um herói e morreu como um herói. Chorar não vai trazê-lo de volta. Se acalme.
Sua voz grave era reconfortante. Seu perfume, inebriante. A segurança que ele passava era boa demais. Ela o conhecia, fora o homem que segurara sua mão durante o enterro de Richard.
Finalmente a primavera chegara para acabar com o inverno gelado no coração daquela pobre garota. O amor florescera mais uma vez.
O silêncio que precede o final
A porta abriu. Uma bela moça entrou. O rapaz disse:
- Sente-se aqui ao meu lado.
- Tudo bem.
- Eu ainda te amo sabia?
- Ainda? Então você um dia deixou de me amar? Seu pilantrinha!
Os dois riram. O jovem casal, tinham no máximo 17 anos cada um, estava sentado confortavelmente em um sofá posto às pressas no terraço do edifício mais alto de Curitiba. O céu estava de uma cor vermelho-sangue. Um espetáculo raro.
- Que horas vai ser?
- A televisão falou que seria lá pelas seis e meia da manhã.
Ela olhou no relógio de pulso dele.
- É quase cinco e vinte amor!
- Numa hora dessas, o que mais importa o tempo? Só me interessa ficar com você.
E eles se abraçaram. E assim ficaram, observando o comportamento anômalo do sol, o desespero das aves, ouvindo os gritos de desespero das pessoas lá embaixo. Era até engraçado, eles tão sossegados observando tudo enquanto os outros se desesperavam.
- Sabe, poderíamos ter vivido tantas coisas juntos... casar, ter filhos...
- Fernanda, você sabe que eu te amo demais, e nós teríamos feito tudo isso não fosse pelo...
E não conseguiu terminar a frase.
Eles nem se deram conta, mas faltavam quarenta segundos para as seis e meia. O sol tingia o horizonte de sangue, e as nuvens pareciam fantasmas bailando pra lá e pra cá.
- Amor, faltam dez segundos! E agora? O que fazemos?
- Aprecie o silêncio.
Eles deram as mãos e se beijaram.
E num instante, como que por mágica, tudo ficou silencioso. Um momento de respeito, um minuto de silêncio, uma eternidade de angústia.
E o meteoro X-297.8 – Alfa atingiu o Planeta Terra, dizimando todo e qualquer vestígio de vida.
Aquele era o silêncio que precedia o final.
Dedicado à Lajila e Kevin, os psicopatas mais apaixonados do mundo.