domingo, 27 de junho de 2010

Lobo, o Anti Herói.

Bem, aqui está a segunda parte da triste história de Lobo, e é um possível desfecho.
Será mesmo?
Ou será que Lobo sofrerá mais do que isso?

Tirem suas conclusões, mortais.


Olhei para a Lua
Lá estava a minha princesa
Em todo o seu esplendor
E toda a sua beleza

Nunca me perdoarei
Por aquela terrível noite, terrível sim.
Dia após dia odeio o destino
Por ter tirado aquela flor inocente de mim

Ouvir os gritos desesperados
De dor e agonia
Misturados ao cheiro de medo
Faziam da minha noite uma alegria

Não importa a idade
Não importa se é cedo ou tarde
O que importa são os gritos
E o estoque fresco de carne

E pensar que eu me torno um criminoso
Mato sem pensar no amanhã
Tudo por causa daqueles olhos marrons
E aquele hálito de maçã

Ah, minha princesa, é por você
Que eu me obrigo a fazer o que não quero
Ver seu sorriso lindo, mais uma vez
É tudo o que eu espero.

Mas não posso agüentar mais
Meus crimes foram torturantes de se cometer
Se eu tiver que tirar mais uma vida
Eu prefiro ter que morrer

E o que mais me enoja
É que eu gostei do que fiz
Tantas vezes quase morri
Tantas vezes eu escapei por um triz

Essa noite foi minha última
Hoje tive que ceder
Pela ultima vez senti a carne se rasgando
E ouvi o sangue escorrer

Mas hoje o único sangue que fluirá
Será meu sangue podre, imundo
Nem que o Inferno seja pior que a Terra
Nunca mais andarei sobre esse Mundo.

É com dor e pesar
Que escrevo essas últimas palavras
Enquanto o Inferno espera por mim
Meu peito será furado por essa adaga.

Em sacrifício me suicido
Cho que é a melhor coisa que farei
É a compensação pelas almas desencarnadas
Pelas vidas que tirei.

sábado, 26 de junho de 2010

Lobo, o Anti-Herói.

poxa, os Lobisomens são criaturas tão incompreendidas e tão vitimadas pela sociedade em geral.

mas eles também tem sentimentos, como o nosso protagonista, o Lobo.
não vou falar muito, vou deixar que ele mesmo se explique, e justifique seus atos carnificinais.

Lobo: Vingança

Nem tudo são flores em minha vida
Já encontrei pedras em minha caminhada
Quando a fome se tornou insuportável
Matei a minha inocente amada.

Seus olhos cor de mel
Seu cabelo, era luz radiante
Sua pele pálida como a neve
E seu caráter, estonteante.

Ah, aquela noite sombria
Oito luas sem caçar
Meu estômago doía
Comecei a alucinar

Ela, sempre comigo
Me acompanhando onde quer que fosse eu.
Dizia que era pra sempre minha
“Sou sua pra sempre, e eternamente és meu”

Ela sabia da minha dor
Sabia da minha necessidade
Até que ela tomou a decisão
E me levou pra fora da cidade

“Meu amor, sei da sua agonia”
“Me ofereço como sacrifício”
Pensei que seria rápido
Mas meu desespero estava no início

Antes que eu pudesse hesitar
Minhas presas fundiram-se com a carne
E quando percebi o que havia feito
Já era tarde, muito tarde

O sangue da minha doce amada
Corria pelo meu rosto ferido
Sem ela nada mais tinha valor
Minha quase-vida perdera o sentido

E com sua carne em minha boca
E seu sangue em meu peito
Enterrei minha doce amada
Ela descansaria em seu perpétuo leito

Seu jazigo eterno
Era abaixo do nosso ninho de amor
Despedi-me de minha inocente dama
Com profunda tristeza e dor

Em memória de minha donzela
Com sua atitude de mulher e espírito de criança
Resolvi buscar aquilo que me confortaria
Ah, quão doce seria minha vingança...

Pobres mortais, não sabem o que os aguarda.
Melhor olhar atrás da cortina antes de dormir
Ver o medo, o terror, o pavor em seus olhos
Vai me lembrar de como ela me fazia sorrir.

Ela se foi, mas eu estou aqui
Disposto a matar e a morrer
Garantam suas balas de prata, desgraçados.
Podem fugir, mas não tem onde se esconder.

Poema \o/

Porra, adoro escrever sobre lobisomens, a Lua, sobre essas paradas doidas aí.
então vou mandar um poema que fiz pra uma amiga minha, mas que ficou legal e sepá vocês vão gostar.

E como um fantasma
Surge ela na neblina
Com atitude de mulher
E inocência de menina

E entre as estrelas cadentes
Ela dança, pula, sua alegria é sorrir
Desliza sobre as nuvens como uma bonita ave
Acrobacias, giros, sem medo de cair

Mas vejam, é Lua cheia
E seu olhar se fixa no disco prateado acima do céu
Seus instintos primais despertam
E a neblina nela se faz véu

Encoberta pela escuridão noturna
Ela chora a maldição a ela lançada
Pelos becos, pelas ruas
A praga ela sofre calada.

Sua única alegria
É ver a lua em esplendor
Esquece por um momento a agonia
E seu coração se enche de amor

A Lua refletida em seus olhos
Castanhos como as folhas ao outono
Seus cabelos esvoaçantes
Uma visão de tirar o sono

Os ventos sopram melodias sinistras
E ela canta suas mágoas ao ar
Sem viv’alma para lhe ouvir
Sem ninguém para lhe consolar

Sua única esperança
Seu único conforto
É a carne que lhe alimenta
E que lhe renega esse estorvo

O sangue escorrendo
E as presas furando a carne
Queria ela ser diferente
Mas agora é tarde.

Ela é uma Loba
E não nega sua existência
Só pede à Lua sua luz
E aos humanos, clemência.