densa névoa encobrindo os montes
sanguínea linha faz os horizontes
onde estão os olhos de minha amada tão bela?
espatifados e pintados em tão nobre aquarela
lábios de primavera em primas faces de seda
mãos brancas e mirradas espalhadas pela alameda
os anjos pairavam e bradavam hinos ao céu
enquanto tua alma viajava rodando num carrossel
sete horas e sete dias e teu sorriso novamente
que deus perdoe a alma desta criatura nobre e descrente
o paraíso é aqui, o inferno é um eterno pranto
pai, ó pai, por que demoraste tanto?
o fogo me consome e minh'alma padece
a sombra de um assassino e o fogo se fortalece
condenado ao sofrer deleitoso, condenado à ser eterno
condenado por condenar, queimando eternamente no inferno
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