O prédio estava desabando. Do lado de fora, pessoas choravam. Do lado de dentro, duas pessoas. Uma garota e um garoto. Ex-namorados, haviam brigado e nunca mais se falaram.
Ela ainda o amava.
Sentaram bem juntos para se proteger do frio que se abatia no lugar. Se lembraram dos velhos tempos. Ela não iria ceder.
Ela ainda o amava.
A garota olhava pra ele, com seus frios olhos azuis, seus cabelos negros, suas orelhas cheias de piercings. Ele olhava para a garota, lábios cor de cereja, olhos verde-esmeralda e pele bronzeada, além de magníficos cabelos loiro-resplandescente.
Ela ainda o amava.
A garota resolveu agir. Iria dizer que o amava, que fora tudo um mal entendido, que eles deveriam permanecer juntos. Mas não, ela não iria se dar por vencida. Ele haveria de pedir desculpas.
Ela ainda o amava.
Ele parecia distante, frio. Pensativo, reflexivo. Não demonstrava amar a garota tanto assim.
Ela ainda o amava.
Ele a abraçou. Ela era arrogante, não iria ceder tão fácil. Tentou o empurrar pra longe, mas ele a deitou no chão e se jogou por cima dela.
A construção desabou. Abraçados, eles foram atingidos por entulho. Abraçados, eles se olharam. Abraçados, eles morreram.
Ela ainda o amava.
A garota acordou com a luz do dia ofuscando sua visão. Uma passagem à sua frente a guiava para a liberdade. E o garoto jazia morto. A abraçara pra impedir que os entulhos a atingissem.
Ele a amava mais que tudo.
Achei a coisa mais linda o texto *-*
ResponderExcluirAlguém que cede sua vida por outra, realmente a ama mais que tudo. Parabéns pelo texto, e pelo blog!
Ah, tem selo pra você no meu blog!
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