domingo, 24 de outubro de 2010

Parabéns Diego Pael.

Dentre milhares de membros da Traumas de Adolescência, você foi o que primeiro indicou um suposto erro de português em meu texto. Eu esqueci de acentuar a palavra "pé". Parabéns, você mereceu. Como dito, aqui está seu post exclusivo. Mande o link para todos os seus amigos e mostre como você tem o poder, você é especial, Jesus te ama. Amém.

http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=7131475781651725725

Parabéns, mais uma vez. Você é um ninja do Houaiss.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sangue, frustração e cigarros.

E ele olhava para o fogo. E parecia que o fogo olhava para ele. Sua mãe, suas irmãs, sua primeira namorada, seu papagaio de estimação. Seu primeiro beijo, seu baile escolar. Sua professora mais querida, seu melhor amigo e sua faca de combate. Sua farda policial, seu fracasso no emprego, sua esposa o traindo e seus filhos passando fome. Seus crimes, vandalismos, seus roubos e assassinatos. Seus contratos, suas dívidas, seus cigarros e litros de café frio. Seu início na carreira de assassino de aluguel, as mortes, o sangue, mais cigarros, arrependimento, confusão. E mais cigarros, noites mal dormidas, programas religiosos, padres e pastores, xadrez, damas, trilha. E tudo isso se passava em uma psicodelia filmada. Cores, cores, cores, calor, calor, calor. E mais cigarros.
Quarenta e sete segundos haviam se passado desde que ele atirara na própria cabeça, espalhando sangue, frustração e cigarros pela parede.

(pelo menos no inferno tem fogo e eu posso acender cigarros com tranquilidade)

E o fogo da lareira continuava bruxuleante, refletindo agora a vida de um homem morto.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Post Mortem: Carta para minha amada.

Não se animem tilangada, eu não vou me matar. Quem vos fala na carta é o Eu Lírico. quem?



Se eu tivesse a oportunidade de te falar, eu diria apenas três palavras. Diria “eu te amo”. Três pequenas palavras, que valeriam por tudo o que passamos juntos. Alguns minutos escondidos em algum lugar qualquer, mas que pareciam dias ensolarados, de felicidade e contentamento. Beijos roubados, abraços fortes, compreensão. Eu falei, quando nos conhecemos, eu sei que falei que cada segundo da minha vida teria um único objetivo, todos os momentos do meu dia, todas as minhas ações, tudo, tudo seria por você. Seria pra te ver feliz, pra ver um sorriso brilhante, ver seus olhos brilharem de contentamento era a coisa mais linda que eu podia ver, que eu desejava mais que tudo. Eu sofria, dia após dia, trabalhava, me humilhava, só pra juntar dinheiro pra que pudéssemos fugir desse caos, pra que tivéssemos uma casinha simples, um cachorro, uma horta e um quintal pra que criássemos nossos filhos. Ah, amor, eram tantos planos, eram tantos almejos, tanta vontade de você, tanta necessidade de você...

Eu queria que você estivesse aqui comigo agora, que pudesse compartilhar minhas vitórias, me consolar pelas derrotas, lutar comigo por um amanhã mais feliz. Acima de tudo, queria seu colo quentinho, seu abraço confortável, sua voz doce penetrando em meus ouvidos e dizendo “Tá tudo bem, meu anjo. Eu te amo.” Queria ter seus lábios juntos aos meus, suas mãos envolvendo minhas mãos, queria seu carinho...

Seríamos tão felizes... Você iria terminar a sua faculdade, eu seria promovido e iríamos morar em uma cidadezinha pacata, e lá os nossos vizinhos olhariam pra nós com admiração e ternura e comentariam “Por Deus, que casal mais lindo!”

Mas todos os nossos sonhos acabaram quando há um ano você foi morta por pessoas sem coração.

E nessa carta jogo ao vento todas as minhas angústias, todos os meus tênues sopros de ternura, mato o homem que antes havia em mim, para dar lugar a um novo ser. Um monstro.

E assim, mesmo sabendo que vou para o inferno, se é que ele existe, eu acabo com minha vida por aqui. Não faz sentido viver sem você, meu amor. E se Deus achar ruim, que pensasse nisso antes de desperdiçar carne e sangue em criaturas asquerosas como as que te fizeram isso.

Se meu destino for o Inferno... o Demônio que se prepare. Um homem morto acaba de morrer.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Poemas alheios em um blog às moscas.

A chuva cai torrencialmente

O som dos passos pesados ecoa por minha mente

As criaturas não sorriem como antigamente

Os deuses não se agradam mais tão facilmente

Tudo que no passado era interessante

Hoje não passa de poeira na estante

Os heróis, nos dias de hoje, são mitos

Os terroristas vivem de nossos gritos

Antigamente o ser humano era cruel por ignorância, hoje é mal por pura ganância.






Poema escrito pelo meu parceiro Alex, do AleQSunday.