Pobres palhacinhos...
Sujeitos à humilhação
Servem de alvo de risos
Em prol da diversão
Mas a alegria do palhaço
É ver a risada na cara do freguês.
E aqui vai uma história
Que eu vou contar pra vocês.
Na pacata cidade
O carro de som anunciou
"Alô garotada, presta atenção
Saiam de casa, o Circo chegou!"
Cavalos, elefantes
Mágicos e malabaristas
Pipoqueiros e bailarinos
E corajosos trapezistas
E no último carro
Desprezado e deprimido
O palhaço do espetáculo
Dos artistas, o menos querido.
Torta na cara, piadas sem graça
Humilhação era a sua rotina.
Mal sabiam que mexiam
Com uma perversa mente assassina.
Quieto em seu canto
O Palhaço refletia, introspectivo.
Do ódio era escravo
E do sofrimento, cativo.
Nunca fazia mal a ninguém
Ajudava sempre que podia
Mas ninguém dava atenção a ele
Era profunda a sua agonia.
Eis que um belo dia, vejam só
Ele começa a desenvolver
Um plano sangrento e maquiavélico
"Ah, vão todos se arrepender!"
E à noite, hora do show
O dono do circo anuncia a apresentação
O Homem mais forte do Mundo
E o Corajoso que enfrenta o leão
A incrível mulher com barba
E o faquir que resiste à dor
As bailarinas com sua coreografia
E o elefantinho amestrado, que amor.
O Palhaço aguarda ansioso
Pelo anúncio da sua presença
Pensou que iriam lhe chamar
Foi risível a sua crença.
Todos os artitas foram anunciados
Só o palhaço foi esquecido
Ah, isso deixaria qualquer um triste
Mas ele ficou enfurecido
Resolveu que nunca mais aceitaria
As pessoas o ignorando
Á medida que o tempo passava
Seu plano ia bolando.
Durante dias ficou fora
Ninguem notou sua ausência
"Quanto menos atenção, melhor
Diante de mim, todos vão pedir clemência!"
Ele voltou um dia antes
Da trupe circense partir
Sabia que depois de tudo feito
Só teria um lugar para ele ir.
Soava o sino, era a hora
Todos prontos para o grande final
Como de costume, ninguem reparou
No pobre palhaço do mal.
Ele lembrou dos seus truques
E das risadas que arrancava
Tudo ia tão bem
Até que ele perdeu a quem amava.
Seu melhor amigo, outro palhaço
Foi devorado por um dos animais
Sangue e carne jaziam na jaula dos leões
E o domador se recusava a falar mais.
Tinha sido culpa dele
Negligência profissional
E o trauma desencadeou
A raiva do palhaço mau.
Depois daquilo, o palhaço
Nunca mais teve a mesma graça
Mas ainda tinha um objetivo
Desbancar o domador e sua farsa
Pra isso, não impostava
Quem estivesse à frente
ninguem poderia escapar
Dos planos daquela doentia mente.
O Grand Finale havia tido início
Os artistas, todos apresentados
A primeira grande atração?
Os talentosos Bailarinos Montados.
Mas, vejam só!
Não haviam bailarinos em cima dos equinos
Apenas os corpos inertes
Das vítimas do Palhaço Assassino.
Gritos, desespero e repulsa
Reações comuns a uma cena como aquela
Para o palhaço, o sangue era sua tinta
E o picadeiro era sua tela.
As bailarinas faziam seu espetáculo
Penduradas sobre o chão
Em cada corda, um pedacinho
O maior fragmento era uma pálida mão.
Os trapezistas estavam ao chão
Embaixo da pata do elefante
Seus pedaços eram esmagados
A cada passo do insano gigante
O mágico não fazia mais truques
Agora ele havia virado assistente
Serrado de verdade, partido ao meio
Provocando no palhaço um riso demente
O domador, coitado
Era a vítima final
Era o final espetacular
Do show macabro e mortal.
Estava amarrado ao centro
Sangue e vísceras o cercavam
Em volta dele, os animais selvagens
Seus companheiros, amigos que tanto o amavam.
O Palhaço, porém
Exercia uma influencia maligna
Ele mataria a todos
Em favor de uma vingança indigna
O Domador estava desesperado
Vendo as feras, desejava ter tratado melhor os palhaços
Gritava, urrava e se debatia
Enquanto via as bestas devorando seus pedaços
As pessoas acompanhavam
Aquele festim horroroso
O Palhaço, no entanto
Achava aquilo tudo maravilhoso.
E para completar a sua maldade
Fechou a todos dentro da lona
Artistas e público, todos fechados
"Quer saber, acho esse circo cafona."
O fogo se espalhava
E os corpos carbonizados se estendiam ao chão
O palhaço só ria, ria e ria.
Todas as mortes não seriam em vão.
Sua vingança estava feita
Seu companheiro descansava em paz.
"Vidas a menos, não importa
Pra mim, tanto faz"
Pegou o caminhãozinho do circo
Amarrou o dono embaixo do chassi.
Resolveu dar uma voltinha
E exibir o seu sorriso por aí.
Saiu pela cidade
Com o dono do circo em migalhas
Seu plano saíra perfeito
Felizmente não houveram falhas.
Roubu o caminhão do circo
E viajou pra outras cidades
Pra ver se divertia as pessoas
Mulheres, homens, pessoas de todas as idades.
Andava pela cidade
em seu rosto um sorriso se estampou.
"Alô garotada, presta atenção
Saiam de casa, o Circo chegou!"
Sujeitos à humilhação
Servem de alvo de risos
Em prol da diversão
Mas a alegria do palhaço
É ver a risada na cara do freguês.
E aqui vai uma história
Que eu vou contar pra vocês.
Na pacata cidade
O carro de som anunciou
"Alô garotada, presta atenção
Saiam de casa, o Circo chegou!"
Cavalos, elefantes
Mágicos e malabaristas
Pipoqueiros e bailarinos
E corajosos trapezistas
E no último carro
Desprezado e deprimido
O palhaço do espetáculo
Dos artistas, o menos querido.
Torta na cara, piadas sem graça
Humilhação era a sua rotina.
Mal sabiam que mexiam
Com uma perversa mente assassina.
Quieto em seu canto
O Palhaço refletia, introspectivo.
Do ódio era escravo
E do sofrimento, cativo.
Nunca fazia mal a ninguém
Ajudava sempre que podia
Mas ninguém dava atenção a ele
Era profunda a sua agonia.
Eis que um belo dia, vejam só
Ele começa a desenvolver
Um plano sangrento e maquiavélico
"Ah, vão todos se arrepender!"
E à noite, hora do show
O dono do circo anuncia a apresentação
O Homem mais forte do Mundo
E o Corajoso que enfrenta o leão
A incrível mulher com barba
E o faquir que resiste à dor
As bailarinas com sua coreografia
E o elefantinho amestrado, que amor.
O Palhaço aguarda ansioso
Pelo anúncio da sua presença
Pensou que iriam lhe chamar
Foi risível a sua crença.
Todos os artitas foram anunciados
Só o palhaço foi esquecido
Ah, isso deixaria qualquer um triste
Mas ele ficou enfurecido
Resolveu que nunca mais aceitaria
As pessoas o ignorando
Á medida que o tempo passava
Seu plano ia bolando.
Durante dias ficou fora
Ninguem notou sua ausência
"Quanto menos atenção, melhor
Diante de mim, todos vão pedir clemência!"
Ele voltou um dia antes
Da trupe circense partir
Sabia que depois de tudo feito
Só teria um lugar para ele ir.
Soava o sino, era a hora
Todos prontos para o grande final
Como de costume, ninguem reparou
No pobre palhaço do mal.
Ele lembrou dos seus truques
E das risadas que arrancava
Tudo ia tão bem
Até que ele perdeu a quem amava.
Seu melhor amigo, outro palhaço
Foi devorado por um dos animais
Sangue e carne jaziam na jaula dos leões
E o domador se recusava a falar mais.
Tinha sido culpa dele
Negligência profissional
E o trauma desencadeou
A raiva do palhaço mau.
Depois daquilo, o palhaço
Nunca mais teve a mesma graça
Mas ainda tinha um objetivo
Desbancar o domador e sua farsa
Pra isso, não impostava
Quem estivesse à frente
ninguem poderia escapar
Dos planos daquela doentia mente.
O Grand Finale havia tido início
Os artistas, todos apresentados
A primeira grande atração?
Os talentosos Bailarinos Montados.
Mas, vejam só!
Não haviam bailarinos em cima dos equinos
Apenas os corpos inertes
Das vítimas do Palhaço Assassino.
Gritos, desespero e repulsa
Reações comuns a uma cena como aquela
Para o palhaço, o sangue era sua tinta
E o picadeiro era sua tela.
As bailarinas faziam seu espetáculo
Penduradas sobre o chão
Em cada corda, um pedacinho
O maior fragmento era uma pálida mão.
Os trapezistas estavam ao chão
Embaixo da pata do elefante
Seus pedaços eram esmagados
A cada passo do insano gigante
O mágico não fazia mais truques
Agora ele havia virado assistente
Serrado de verdade, partido ao meio
Provocando no palhaço um riso demente
O domador, coitado
Era a vítima final
Era o final espetacular
Do show macabro e mortal.
Estava amarrado ao centro
Sangue e vísceras o cercavam
Em volta dele, os animais selvagens
Seus companheiros, amigos que tanto o amavam.
O Palhaço, porém
Exercia uma influencia maligna
Ele mataria a todos
Em favor de uma vingança indigna
O Domador estava desesperado
Vendo as feras, desejava ter tratado melhor os palhaços
Gritava, urrava e se debatia
Enquanto via as bestas devorando seus pedaços
As pessoas acompanhavam
Aquele festim horroroso
O Palhaço, no entanto
Achava aquilo tudo maravilhoso.
E para completar a sua maldade
Fechou a todos dentro da lona
Artistas e público, todos fechados
"Quer saber, acho esse circo cafona."
O fogo se espalhava
E os corpos carbonizados se estendiam ao chão
O palhaço só ria, ria e ria.
Todas as mortes não seriam em vão.
Sua vingança estava feita
Seu companheiro descansava em paz.
"Vidas a menos, não importa
Pra mim, tanto faz"
Pegou o caminhãozinho do circo
Amarrou o dono embaixo do chassi.
Resolveu dar uma voltinha
E exibir o seu sorriso por aí.
Saiu pela cidade
Com o dono do circo em migalhas
Seu plano saíra perfeito
Felizmente não houveram falhas.
Roubu o caminhão do circo
E viajou pra outras cidades
Pra ver se divertia as pessoas
Mulheres, homens, pessoas de todas as idades.
Andava pela cidade
em seu rosto um sorriso se estampou.
"Alô garotada, presta atenção
Saiam de casa, o Circo chegou!"